Para quem não está familiarizado com o formato sprint, foi introduzido como uma forma de agitar o tradicional fim de semana da Fórmula 1.
Neste novo formato, há uma sessão de treinos de uma hora na sexta-feira, seguida de uma sessão de qualificação à tarde para determinar o grid de largada para o Grande Prêmio de domingo.
O sábado é dedicado a uma sessão de qualificação ligeiramente revisada e a uma corrida de velocidade de 200 km à tarde. Isso levou a reações mistas de fãs, equipes e pilotos.
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Tempo de prática insuficiente
Uma grande crítica ao formato sprint é que a única sessão de treinos de uma hora na sexta-feira não é suficiente para as equipes e pilotos se prepararem adequadamente para as corridas do fim de semana.
Isso também significa que os fãs não têm muito tempo para ver os carros na pista, para ver as pequenas mudanças nos carros, e é mais difícil avaliar o desempenho das equipes e dos pneus.
O tempo limitado de prática pode levar a corridas menos emocionantes, já que as equipes são menos capazes de experimentar diferentes estratégias e prever como os pneus irão se comportar.
Formato confuso
Outro problema com o formato de sprint é que pode ser confuso para os fãs, especialmente aqueles que não são entusiastas da Fórmula 1.
A corrida de velocidade no sábado pode ser confundida com um mini Grande Prêmio, e pode ser difícil para os fãs entenderem qual sessão de qualificação determina o grid para qual corrida.
Essa confusão poderia afastar espectadores casuais, como alguns de meus amigos, que não entenderam nada do fim de semana e que, de outra forma, poderiam estar interessados em acompanhar o esporte.
Críticas de alto nível
O chefe da Mercedes, Toto Wolff tem sido um dos críticos mais vocais do formato de sprint, chamando o Grande Prêmio do Azerbaijão de “chato”.
Ele destacou que não houve muitas ultrapassagens durante a corrida, apesar das diferenças significativas de ritmo entre os carros. Wolff acredita que o esporte precisa se concentrar em melhorar as batalhas na pista, em vez de tentar criar emoção artificial por meio de novos formatos.
Campeão mundial Max Verstappen também expressou seu desdém pelo formato de sprint, chegando a dizer que consideraria deixar o esporte se o número de fins de semana de corrida de sprint aumentasse. Verstappen sente que o formato é muito artificial e não representa uma corrida real.
Seu sentimento é repetido por outros pilotos como Alex Albon, da Williams, que sente que o formato de sprint beneficia apenas as equipes de ponta.
Algumas Perspectivas Positivas
Apesar das críticas, há alguns pilotos que gostam do formato sprint.
O heptacampeão mundial Lewis Hamilton elogiou o formato por reduzir o tempo perdido durante um fim de semana de corrida e trazer mais emoção ao esporte.
Charles Leclerc, da Ferrari, também vê potencial no formato sprint, dizendo que é melhor que a versão do ano passado e pode ser uma adição interessante para algumas corridas por ano.
Minha opinião: uma mistura
Na minha opinião, o formato de sprint é uma mistura. Embora traga mais emoção e intensidade ao fim de semana de corrida, também tem suas desvantagens.
O tempo limitado de prática e o formato confuso podem ser frustrantes tanto para os times quanto para os torcedores, e há o risco de o esporte perder sua identidade central na tentativa de criar uma emoção artificial.
A corrida de sprint também estragou a diversão da corrida principal, pudemos ver o ritmo do red bull e ninguém foi surpreendido no domingo!
Acredito que o formato sprint pode funcionar como uma adição ocasional ao calendário da Fórmula 1, mas não deve se tornar o formato padrão para todas as corridas.
Acredito que o esporte deve se concentrar em:
- Melhorando as batalhas na pista, tornando-se mais rigoroso com as regras e apêndices do ar sujo
- Reduzindo o tamanho do carro para permitir mais espaço na batalha, eles lutam tão longe e por muito tempo
- Não expandir o calendário e até reduzi-lo, trazendo de volta a espera e a sensação extraordinária de uma corrida de domingo, em vez de contar com truques para aumentar a emoção.